#10 Tudo que eu quero fazer é ilegal
Você já se sentiu uma barata? E 30 coisas que eu gosto de graça.
30 coisas que eu gosto - Sem ordem específica.
Ter obsessão pela Sanrio perto da casa dos 30 anos.
Contar mentira só por diversão & risadas.
A Zabela do TikTok
Tiktok failed to load.
Enable 3rd party cookies or use another browserEncontrar mulheres adultas usando laço na cabeça.
Coisas escritas de forma comicamente errada.
Legitimamente ter alguém para culpar.
Pessoas simples de mente e coração que amam Coldplay, Funko Pops e são fãs de F.r.i.e.n.d.s.
A antiga Comédia MTV.
Kpop boys que parecem garotas.
Ler as fanfics mais decadentes possíveis enquanto faço as unhas na manicure.
Pessoas adultas que ainda estão desenvolvendo o senso crítico e ficam fascinadas com tudo.
A Anitta pobre.
Qualquer filme com o The Rock.
Esse vídeo.
Receber notícias ruins de alguém que eu desgosto.
Cachorros muito feios.
5 gotinhas de clonazepam durante o período da TPM.
Músicas muito barulhentas tipo kpop, nu rock, metalcore, hyperpop e funk estilo MTG.
Naruto Clássico.
Perder meu tempo vendo os vídeos do Ismael e do Matando Matheus a Grito contando fofocas esdrúxulas de sub celebridades.
Testemunhar brigas no transporte público.
A Andressa Urach do velho testamento.
Encontrar um novo tópico aleatório para ficar obcecada, tipo o Império Mongol.
Filmes de terror da Tailândia.
O conceito de Verde Lésbico, Verde Heterossexual, Verde Viado e Verde NCT (que também é Verde Brat).
Dipirona de 1g.
Milho e seus sub produtos.
Ficar zonza depois do legpress.
Mulheres que pintam o cabelo de ruivo e despertam dentro de si uma obsessão por true crime.
Relatos de lobisomem.
Você já se sentiu uma barata?
Terminei de ler A Metamorfose do Franz Kafta, e infelizmente, tenho opiniões sobre isso.
Primeiro, gostaria de salientar que este livro permite diversas interpretações, começando pela exploração laboral logo no início da narrativa, com o coitado do Gregor sendo aterrorizado por não poder meter um atestado no patrão dele, porque aparentemente, virar uma barata gigante não tem nenhum CID específico. Confesso que isso me pegou. O primeiro capítulo é tão focado no terror psicológico que o chefe de Gregor causa que me deixou um tanto claustrofóbica, da mesma forma que me senti lendo a autobiografia da Britney Spears, que é outro grande nome da literatura mundial.
Mas o que mais me deixou pá das ideias, com certeza, foi a minha própria interpretação da situação. Ao longo da narrativa, eu me sentia cada vez mais para baixo, pensando que, realmente, nenhuma experiência é individual.
Do dia para a noite, Gregor se torna um inseto gigante, o que faz com que ele deixe de ser o principal provedor financeiro da família. Além disso, ele vai, aos poucos, perdendo mais e mais sua identidade. Ele é um homem preso no corpo de um inseto: pensa, se comporta, anda e se move (ou pelo menos tenta) como homem. Gradualmente, ele cede à nova identidade, deixando de ser humano para se tornar mais barata. Ele é isolado pela própria família, tratado com escárnio, alimentado com lixo e despojado de todos os objetos que o ligavam à sua identidade anterior. Ele se torna o segredo da família, o grande elefante branco na sala.
E foi aí que eu pensei “puts, eu me sinto uma barata”. Não sei muito sobre o Franz Kafka, mas imagino que ele devia ser um tanto deprimido pra pensar numa história dessas. Que pessoa normal escreveria sobre virar barata? Esse homem não tá puro! E, como um deprimido reconhece o outro, fui relembrando em cada página a sensação de ser o elefante branco, a grande barata da família quando se está deprimido a ponto de não conseguir ser funcional. Penso que, hoje em dia, ainda posso ser uma barata funcional, uma metamorfa, mas sei que, em cada página, consigo entender o que é ser uma barata. Eu não queria ter entendido, Franz Kafka. À meia-noite, te perturbarei no tabuleiro ouija.
Eu já fui a barata gigante da família, luto todos os dias para não me tornar de novo, mas volta e meia, ainda me sinto da mesma forma. No final do livro, Gregor não volta a ser homem; ele simplesmente morre de inanição e se transforma em uma carcaça de barata, que sua família descarta antes de seguir feliz para outro apartamento. Um tanto deprimente, mas um tanto factível na mente de quem se sente a barata da família.
Ao final da leitura, só fiquei pensando em como deixar de me sentir um pouco menos barata e aumentei o plano do Totalpass para conseguir marcar terapia.
Leitura da vez ౨♡︎ৎ
Terminei de ler “Felicidade Clandestina”, e como gosto muito de intercalar uma leitura excelente com uma completamente podre, comecei um livro da Colleen Hoover. Creio que, para criticar tanto uma autora, eu deveria ter lido ao menos mais de dois livros dela — embora eu também não ligue de ser hipócrita.
Não vou dizer qual livro estou lendo, talvez eu deixe para que vocês se assustem mais tarde, ou talvez até faça um post sobre isso *em tom de ameaça*.
Depois de ler Kafka, eu jurei pra mim mesma que deixaria de ler Literatura de Perturbação por alguns meses, e saí baixando vários daqueles livros da tal “literatura de conforto”, que está fazendo bastante sucesso na Ásia. Aqueles livros com um título tipo “A inconveniente loja de conveniências”, “A querida livraria de num sei que lá”, “A fenomenal lavanderia de xerecópolis”, e por aí vai. Eu só queria limpar um pouco a minha mente. Mas aí o pior aconteceu.
Eu jurei que iria cultivar mais a ignorância na minha vida, tentar ter menos discernimento e menos senso crítico, para evitar aftas mentais. Mas daí, caí num Tiktok da Lolly Vômito, onde ela falava de Foucault, e isso me deixou obcecada.
Ai que mim, que tenho um desejo mórbido de entender as coisas. Pesquisa vai, pesquisa vem, e acabei não baixando Foucault, e sim “O estrangeiro” do Albert Camus, e eu que me vire para interpretar as coisas que ele diz e depois lidar com as interpretações que eu fizer.
Edições anteriores ౨♡︎ৎ
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É isso, um beijo da Anitta!
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amg, acredita que um dos motivos da minha primeira demissão foi eu ter pedido atestado ???? (o segundo foi o atestado tinha como CID tentativa de su1cídio! they dont understand how hard is to be a 19 years old girl – i was that age when they fired me
eu entro na categoria pessoas adultas desenvolvendo senso crítico que fica fascinada com tudo! eu fico saltitante toda vez de "acho" algum cacareco útil e fofo em lojas de cacareco